Aqueles com mais de 30 anos provavelmente já brincaram com blocos de madeira do tipo “pequeno engenheiro” e aprenderam que, se os blocos da base não estivessem bem encaixados, provavelmente aquela torre mais alta, com o relógio e o telhadinho vermelho, virá abaixo na primeira passagem apressada de alguém da casa. Oferecer estrutura adequada para o crescimento e amadurecimento das pessoas funciona mais ou menos da mesma maneira: dizer-lhes com clareza o que se espera que elas façam (uma torre com relógio), como se espera que elas façam (com segurança e cuidado) e o quão alta deve ser a torre.
Que tamanho de torre precisa ser construída? Em quanto tempo? Por quem? Um ambiente seguro para o desenvolvimento das pessoas começa com algo muito simples, mas que, justamente por sua simplicidade, não costuma ser fácil de fazer: o estabelecimento de metas claras. Mas não é só isso. Números são importantes, afinal toda a empresa existe para dar lucro, mas é necessário o mesmo esforço na definição de “como” atingir a meta que se deseja, ou seja, que competências irão garantir que os profissionais consigam os resultados desejados, com menos esforço, fortalecendo o diferencial competitivo da empresa e de forma sustentável ao longo do tempo.
O RH tem papel importante nessas definições. Ele deve garantir que as metas sejam exequíveis e que as competências necessárias estejam traduzidas em comportamentos observáveis e mensuráveis. Tão importante quanto chegar lá, é como se chega lá.
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Além das competências, o estabelecimento de papéis e responsabilidades oferecerá às pessoas a segurança necessária para que possam trabalhar de forma mais eficiente. Ter clareza sobre suas entregas, grau de autonomia e contribuição no resultado geral da empresa gera engajamento. O RH deve estar conectado ao negócio e suas necessidades para criar um plano de cargos e salários equilibrado, que garanta o funcionamento da empresa e ao mesmo tempo, que seja claro o suficiente para que todos compreendam o que deve ser feito.
Vencida essa etapa é hora de comunicar as boas novas. De saída é preciso compreender que a comunicação é um processo amplo, que abrange todas as pessoas de uma organização e está balizada por relacionamentos intensos e permanentes com os seus públicos internos e externos. Se a cultura de comunicação está consolidada, isso significa que todas as pessoas que integram a organização estão comprometidas com o compartilhamento de informações, participam do processo de tomada de decisões e a divergência é vista como oportunidade.
Não é coisa pouca, mas possível de ser desenvolvida, observada e mensurada.
Começando com a tomada de consciência da alta direção e se estendo até as conversar diárias no ambiente de trabalho. E o profissional de RH está lá para oferecer caminhos para que isso aconteça. Dada estrutura para que as pessoas se desenvolvam, é hora de pensar em processos mais complexos de gestão de pessoas. E aumentar ainda mais a contribuição da área para os resultados organizacionais.
Autor:
Lucas Valcanaia
Gerente de Customer Care Profissional com experiência em gestão de projetos e relacionamento, responsável pelo atendimento e pós venda, além de consultoria em todos os produtos Cingo.