Carreira, Gestão

Equipe madura e sua importância para a gestão estratégica de pessoas

Os mais recentes trabalhos na área de administração e a grande maioria dos especialistas vêm dizendo já há algum tempo: o futuro pertence às organizações baseadas em equipes. Mas, um monte de gente no mesmo lugar, com os mesmos objetivos, locadas no mesmo centro de custo, formam uma equipe? Madura?

Há um caminho de amadurecimento que as equipes precisam percorrer e para cada estágio, o RH deve estar atento para poder apoiar da maneira mais adequada.

Esse caminho começa com as pseudo equipes. Nesse estágio de maturidade da equipe, as pessoas podem até definir um trabalho a ser feito, no entanto, não serão capazes de um esforço coletivo para fazê-lo, perdendo-se em várias investidas individuais e competição entre seus membros. Não é preciso dizer que os resultados ficam quase sempre aquém dos esperados. À medida que as pessoas vão interagindo, elas começam a partilhar informações entre si tornando-se grupos de trabalho até eficientes, mas que se dispersam em acusações mútuas ao primeiro imprevisto que aparecer. O foco do grupo de trabalho não é a solução, é o problema.

Caso o RH insista, por exemplo, em implantar processos complexos de avaliação de desempenho quando a maioria das equipes estiver nesse estágio, o momento da avaliação poderá se tornará uma verdadeira caça às bruxas.

Investir em programas de desenvolvimento interpessoal poderá apoiar o grupo de trabalho para que chegue ao próximo estágio de amadurecimento: a equipe potencial. Essa equipe já percebeu que juntas, as pessoas são de fato mais produtivas e muito mais eficientes na busca de soluções. Problemas são compreendidos como parte do processo e encarados de maneira mais leve e eficiente por todos. No entanto, esse grupo ainda não está maduro o suficiente para decidir de forma autônoma como operar e ainda necessita de esclarecimentos sobre sua finalidade e como abordar as tarefas.

Introduzir rotinas sistematizadas de feedback e planos de desenvolvimento individual nesse momento seria muito bem aceito e bem vindo.

A mudança da equipe potencial para a equipe madura é que costuma trazer o maior incremento nos resultados da empresa. Quando maduras, as equipes compõem-se de pessoas com habilidades complementares capazes de operar de forma comprometida com o resultado coletivo por meio de uma missão comum. Além disso, o grau de confiança entre os membros é grande e as responsabilidades são compartilhadas. Nesse estágio a organização poderá começar a pensar em processos de Assessment para desenvolvimento acelerado e programas de Gestão da Sucessão da Liderança.

A curva de amadurecimento das equipes de uma organização sugere uma sequência evolutiva. No entanto, esse desenvolvimento não acontece espontaneamente e nem sem apoio de lideranças e do RH. É necessário que haja uma intervenção especializada nos grupos para que a mudança ocorra.

Um grupo de trabalho pode continuar assim indefinidamente e muitas vezes o que ocorre é apenas uma pomposa mudança de título no organograma sem consequências concretas na forma de agir das pessoas bem como nos resultados da empresa. O que nos leva a outro ponto: qual o preparo das lideranças para, junto com o RH, promover o amadurecimento da organização?

Esse será assunto de nosso próximo post.

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