A recente atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) traz um marco importante para as empresas brasileiras. A partir do próximo dia 26 de maio, será obrigatória a identificação e o controle dos riscos psicossociais, como o estresse, a sobrecarga de trabalho, o assédio moral, a violência e a pressão por metas, que afetam diretamente a saúde mental dos colaboradores.
O objetivo central é promover um ambiente laboral seguro, onde os colaboradores se sintam valorizados, respeitados e com as condições necessárias para desempenhar suas funções de maneira saudável. Com a gestão adequada destes riscos psicossociais iremos contribuir para a prevenção de doenças mentais como a depressão, a ansiedade, a síndrome de burnout e outras condições que comprometem o desempenho e a qualidade de vida do empregado.
Além disso, ao adotar práticas de saúde mental eficazes, as empresas não apenas cumprem com as normas legais, mas também fortalecem sua imagem institucional, demonstram comprometimento com a responsabilidade social, e promovem um maior bem-estar aos seus colaboradores, gerando um ambiente mais harmonioso e produtivo.
Por outro lado, a negligência com a saúde mental no ambiente de trabalho gera riscos graves para os colaboradores e pode resultar em consequências devastadoras tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Colaboradores expostos a altos níveis de estresse e pressão podem desenvolver distúrbios psicológicos que, além de prejudicar a saúde, impactam diretamente na produtividade, no desempenho e na motivação.
Esses riscos também causam impactos negativos para o restante da equipe e para a empresa como um todo, uma vez que as relações interpessoais são comprometidas afetando diretamente a dinâmica entre os colegas, resultando em desconfiança, isolamento, conflitos internos e baixa moral da equipe.
A redução de produtividade, o aumento de absenteísmo por doença, o elevado turnover e a dificuldade de manter um ambiente colaborativo são apenas alguns dos efeitos colaterais que as organizações podem enfrentar quando não priorizam a saúde mental de seus colaboradores.
Estes problemas não ficam restritos apenas ao ambiente corporativo. A saúde mental dos colaboradores também afeta diretamente suas famílias e a sociedade como um todo, já que os mesmos levam esses desafios para o ambiente doméstico, prejudicando sua qualidade de vida pessoal, afetando seus relacionamentos familiares e, em alguns casos, resultando em distúrbios psicológicos para os membros da família.
É fundamental que as empresas compreendam os custos elevados associados à negligência da saúde mental no trabalho. As doenças ocupacionais relacionadas ao estresse e à saúde mental geram altos custos médicos, podendo envolver consultas especializadas, terapias psicológicas, internações, tratamentos psiquiátricos e medicamentos, representando despesas significativas para a companhia e os sistemas de saúde, além do impacto indireto na lucratividade, como a queda na produtividade e o absenteísmo.
Não perca mais tempo… Aproveite a oportunidade para reavaliar suas práticas e implementar políticas que promovam a saúde mental no ambiente de trabalho. Além de cumprir com a legislação, investir na saúde mental dos colaboradores é uma prática que gera benefícios a longo prazo, tanto para a saúde dos indivíduos quanto para a saúde financeira da organização. Empresas que priorizam o bem-estar emocional de seus colaboradores constroem ambientes de trabalho mais saudáveis, produtivos e colaborativos, contribuindo para o sucesso sustentável de toda a sociedade.