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Promoção e Demissão: Como Tomar a Decisão Certa?

 

A vida de um líder é repleta de desafios, especialmente quando o assunto é gerir um time e ao mesmo tempo, equilibrar as expectativas individuais de cada profissional com os objetivos da empresa. Isto envolve dedicar diariamente atenção gerencial para a análise e condução da carreira de seus liderados, o que envolve decisões difíceis que vão desde a identificação de quem tem o maior potencial dentro da equipe até entender quando alguém simplesmente não está no lugar certo.

Cada líder precisa estar atento a quem realmente tem capacidade de crescer, quem está engajado e mostrando potencial, e até mesmo quem só parece estar no lugar certo, mas na real, não está alinhado com as expectativas corporativas. Esse trabalho de observação exige muito mais do que simplesmente ver quem entrega resultados. É preciso ter um olhar atento para o comportamento, o desenvolvimento de habilidades e até o alinhamento com a cultura da empresa.

Entretanto, quando o gestor identifica profissionais que, por mais que se esforcem, não têm o perfil adequado para a posição em que atuam, surge um dilema: será que é só uma questão de falta de orientação ou realmente não há mais o que fazer? Esse é um momento crítico, porque, muitas vezes, o líder se vê em uma posição de ter que ajudar, guiar, dar feedbacks construtivos e até buscar alternativas (como treinamentos ou uma mudança de área) para tentar reverter o quadro. Mas em alguns casos, a melhor ação é a mais difícil: uma mudança mais drástica, como desligar alguém da equipe.

 

 

Neste momento é que entra em campo o verdadeiro papel de liderança, devendo tomar decisões duras que podem não agradar a todos, e evitando que o sentimento de justiça, empatia e zona de conforto não se embaralhem. O líder precisa balancear o que é justo e o que é conveniente, não se deixando cair na tentação de deixar as coisas como estão para evitar confronto ou desconforto.

Ser líder de um time é, sem dúvidas, viver diariamente grandes desafios. Não basta só delegar tarefas e cobrar resultados. É preciso estar atento ao desenvolvimento das pessoas, fazer escolhas difíceis sobre quem vai subir na hierarquia ou quem precisa repensar seu caminho, sempre mantendo o equilíbrio entre a empatia e a necessidade de ser justo com o time e com a empresa.

Outro fator extremamente importante nestes cenários é sempre levar em consideração a cultura corporativa, garantindo que as decisões estejam alinhadas com os valores da empresa. Se a cultura valoriza o desenvolvimento contínuo, o feedback constante e a meritocracia, essas diretrizes devem nortear e sustentar a ação do líder.

São nestes momentos que o papel do RH consultivo e estratégico se torna essencial. O RH não deve ser apenas um apoio para o líder na gestão do time, mas também um facilitador de processos como feedbacks, um orientador de planos de desenvolvimento e um mentor nas decisões mais difíceis de desligamento. Fazendo uso de uma visão mais humana do negócio, entendem as políticas corporativas e ajudam o líder a tomar decisões mais assertivas, sem ser movido pela emoção do momento.