A política por resultados, que busca números e metas a todo custo, tem se tornado cada vez mais predominante. Em um ambiente onde o sucesso é medido por métricas de curto prazo, o potencial de uma equipe pode ser colocado em risco pois o foco no “agora” acaba negligenciando o desenvolvimento e a maturação dos profissionais ao longo do tempo.
A busca incessante por resultados rápidos se intensificou com o crescimento das métricas de desempenho e KPIs (Key Performance Indicators) no ambiente corporativo. Para muitas empresas, o foco em performance de curto prazo virou sinônimo de sucesso. Isso tem gerado um efeito colateral: a pressão sobre as equipes, sem o tempo necessário para que elas se desenvolvam e atinjam todo o seu potencial.
Faça uso de um sistema, que lhe apresente métricas em tempo real.
Além disto, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, gerando uma escassez de profissionais qualificados. Isto tem feito as empresas se desdobrarem para preencher suas vagas, causando atrasos na disponibilidade do profissional e a aplicação de processos de onboarding e capacitação mais acelerados, resultando em uma falta de preparação das equipes para lidar com as novas demandas e desafios do mercado.
Este fatores criam um ciclo vicioso: as equipes são cobradas para entregar muito, mas não têm tempo para se capacitar, o que leva a falhas, baixa moral e, consequentemente, baixa performance.
Ou seja, com a pressão por resultados rápidos e a falta de capacitação, muitas empresas acabam priorizando a execução imediata em detrimento de um planejamento mais estruturado, afetando diretamente a qualidade do trabalho e o desenvolvimento dos profissionais.
É necessário reverter este cenário, e é aqui que o RH e as lideranças corporativas possuem um papel essencial.
O RH não deve apenas recrutar talentos, mas também garantir que os programas de desenvolvimento e treinamento sejam eficazes e realmente atendam às necessidades da empresa. A capacitação deve ser contínua e deve ser planejada com a visão de longo prazo.
Já as lideranças precisam ter uma visão mais estratégica, balanceando a busca por resultados imediatos com a necessidade de desenvolvimento contínuo das suas equipes, estabelecendo uma cultura de feedback constante, reconhecendo o esforço da equipe e criando espaços para aprendizado e aprimoramento.
Tanto o RH quanto as lideranças precisam trabalhar em conjunto na gestão de expectativas, mostrando para os colaboradores que os resultados a longo prazo são tão importantes quanto os curtos, e que a capacitação contínua é um fator essencial para garantir a performance das equipes.
O cenário de baixa performance no trabalho não é algo que vai desaparecer sozinho. É essencial que as empresas se adaptem às novas realidades do mercado, e passem a adotar abordagens mais holísticas de gestão de pessoas, em que a melhoria contínua, o bem-estar dos colaboradores, e a adaptação às mudanças do mercado são igualmente valorizados. Além de apoiar um balanceamento entre performance operacional e desenvolvimento humano, é necessário fomentar também uma cultura de auto-gestão de carreira, e para isto disponibilizar a seus líderes e colaboradores ferramentas para aprendizado digital, orientação de carreira e monitoramento de performance.